Já faziam doze meses que eu não lembrava que dezembro é esse caos.
Um mês final. Um mês quente Um mês corrido.
Tudo começa na noite do dia trinta de novembro para o dia primeiro de dezembro. A nostalgia do espírito natalino aflora nas crianças felizes e adultos retardados. O calor emana lá fora e os risólis de frango começam a serem preparados em todas as padarias do planeta para as festinhas de fim de ano nas escolas, e as confraternizações dezembrinas das empresas.
A televisão mostra papais-noéis em três de cada quatro comerciais. Nas rádios só se ouvem Rous-Rous-Rous. Nos shoppings os fajutos Noéis aparecem e passam seus belos dezembro sobre suas confortáveis poltronas estofadas sob um ar-condicionado split versão 2013.
É tudo muito bonito, muito familiar, mas também muito quente. Americanos que são felizes, comemorando seus natais com bonecos de neve e esquis no Alaska.
Os caminhões da Coca-Cola, esses sim. A coisa mais deplorável do natal. Quase tão ridículo quanto Halloween no Brasil. Simplesmente caminhões da Coca-Cola desfilando pelas ruas das cidades, e milhões de abostados assistindo maravilhados como se fosse a 43ª maravilha do mundo.
Posso ser rabugento, mas dezembro me deixa puto. Eu trabalho muito, canso muito, aguento muita balela de natal, e ainda tenho que esperar até o ultimo dia do mês para tomar todos os champanhes do Carrefour, e tentar esquecer que ano que vem, terá dezembro outra vez.
#FelizNatal