sexta-feira, 8 de março de 2013

Palavras de Renato

Renato Russo já havia previsto em "Geração Coca-Cola", falou com os gringos, principalmente americanos: "agora chegou nossa vez, vamos cuspir de volta o lixo encima de vocês" eram os filhos da revolução revidando o ciclo natural, em que nós lambemos desde sempre as porcarias estrangeiras. Este lixo se viu voltando, quando a Europa e boa parte do planeta dançou e cantou Michel Teló entre 2011 e 2012.

No Brasil, lugar submerso pela lama, local que perde jovens vidas de formas ridículas e previsíveis, sim previsíveis devido a tantos incêndios em boates pelo mundo, fato tão óbvio que o mesmo Renato da Legião Urbana cantou em "Mais do mesmo" quando falava "E quando tem chacina de adolescentes, como é que você se sente?" Sim, sempre mais do mesmo, era isso que todos nós sabíamos que iriamos ouvir.

Chacina de ídolos destes mesmos jovens, os tais ídolos que perdemos tantos por tão pouco, mortes tão estúpidas quanto igualmente previsíveis. Alguns exemplos: A aids de Cazuza e Renato, o alcoolismo de Raul, e as drogas de Cassia e agora Chorão.

Chorão morreu, a versão real de John Roberto, personagem da música "Dezesseis" também do falecido Renato. Renato descreveu "o nosso Johnny" como o maioral da galera, um cara legal adorado por todos, no fim da música, ele morre por conta de um coração partido, assim como o líder do Charlie Brown Jr. Porém na vida real para Chorão cantou-se "Lugar ao Sol" e não "Strawberry field forever"

terça-feira, 5 de março de 2013

Ano 5

Velho...
Fiz coisas. Cara, muita coisa mudou (a contar pelo blog também).


Tem algo melhor? Sim. Ter alguém em quem pensar enquanto canta e imagina a oportunidade em que tal música foi composta. Ter alguém pra abraçar enquanto canta alguma dessas músicas, e quando longe, mandar trechos das mesmas músicas por sms. Alguém que peça no bar do show, aquelas bebidas coloridas exóticas que nunca provei, pela pequena imaginação de sempre pedir: cerveja!

Tem algo melhor? Sim. Viver esses dois últimos parágrafos completamente livre, de horários, responsabilidades, horário de almoço, ou trabalhos a entregar. Sendo únicas preocupações, os finais dos livros que leio, o próximo filme que baixarei, e a roupa azul que vou escolher para sair com a menina dos olhos azuis.

Velho, esses foram meus ótimos motivos para ter abandonado este espaço, porém para alegria de todos, este blog voltou, pronto para seu 5º ano de vida.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Foo Fighters, Hebe e as velhas.

A Hebe morreu. O que todos duvidaram que aconteceria, realmente virou realidade. Esperei passar alguns dias para que todas as piadas, comentários e declarações de amor dos "fãs de artistas mortos" {aqueles tipos de humanos que reúnem toda idolatria do planeta para a mais nova morte entre as celebridades} fossem feitas.

Enfim, eu demorei aproximadamente um dia inteiro para saber da notícia. Demorar um dia para saber de uma morte famosa é muito tempo, está tudo correndo muito rápido que não consigo mais dar conta pela velocidade das notícias. Quando eu comecei a escrever este texto sobre a Hebe, ontem (01 de outubro de 2012) o Foo Fighters era uma banda em atividade, e hoje, quando alguém estiver lendo isso eles já estarão separados.

As notícias caem no Twitter, são lidas, relidas, editadas, comentadas, satirizadas, desmentidas. Alguma fagulha do assunto cai no Facebook, escorre pro Globo.com e só depois que já não é tão inédita, é relatada na televisão. É o mundo com cada vez mais pressa de acabar, e o Marcus atrasado ainda ouvindo as bandas do VMB de 2003 ou 2005, e as velhas "reclamonas" do trensurb querendo se sentar após ficarem 4 horas de pé no culto.

Hebe viveu mais de 80 anos e nunca reclamou por um lugar vago no trem. Gracinha.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

uns livros, uns pensamentos e mais café

Comecei a escrever porque não consegui me concentrar para ler durante o intervalo. Um pouco pelo som alto que toca fora do estoque da loja, e um tanto pelas várias doses de cafeina desta manhã de segunda-feira tediosa, chuvosa e ansiosa.

É meio anormal o único critério para ingressar em algumas universidades seja por meio de redação. Item que por muitas vezes ao longo dos últimos anos fiz por livre vontade aqui no Limão ou Queijo ralado, o hábito de tantas vezes descrever, comentar e opinar fatos aqui.

E o hábito de ler? Onde surgiu isso em mim? De algum momento pra cá em meus dias, brotaram livros inacabados em minha mochila, livros no epílogo em meu armário, livros lacrados sobre a mesa e livros também em aplicativos do celular. Será que o tédio, a monotonia a solidão e o excesso de café trouxeram o prazer em ler, para esse ex-aluno que odiava livros na 8 série?

Enfim, se me virem por aí, podem ter certeza que estarei pensando nas histórias que a morte conta sobre Lisa Memingher, preocupado com os futuros trabalhos de faculdade, ou apenas à procura de um café expresso.

A versão manuscrita e original deste texto, tem introdução e conclusão, e descrito entre 25 e 30 linhas. 

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

A felicidade não tem preço


Os meus encontros de terça estão ficando cada vez mais distantes, ultimamente as quartas-feiras-de-feiras estão ocupando o lugar do antigo dia, mas não é por querer e sim pura distração minha.
A única coisa que posso fazer é pedir desculpas para este dia tão lindo e esperar que tal me perdoe pelas gafes ocorridas.

"My girl" No momento é isto que grita bem alto da Televisão e eu cantando bem feliz aqui. 

Primeiramente gostaria de declarar publicamente a feliz fase da minha vida, de bem com os amigos, de mal com nenhum humano, mais próximo de quem eu queria estar, mais afastado de quem merece, fazendo feliz quem me faz feliz, tenho tido a companhia de pessoas que mesmo longe (Em suas casas) conversam comigo durante o tempo fora do ambiente estudantil comum a nós. Nas últimas semanas eu recebi muitas mensagens no celular, apenas besteiras, carinhos e dizeres de "Bom diaaaaaaaa Mateeeeeeeus" "Boa noite meu bem" e risadas gigantes para expressar em símbolos o que estaríamos fazendo se estivéssemos frente a frente. Acho que a minha família está achando que sou louco pelas risadas exageradas olhando para a tela do dispositivo móvel. Pessoalmente não é nada diferente, risadas, guerra de comida, bobagens sem sentido que somente nós entendemos. 
Conversar por mensagens dentro da sala de aula é outra bobagem que fazemos, mas as turmas diferentes impedem nós de levantar e ir conversar pessoalmente, trocando músicas, fotos e mais risadas imensas. Combinando de sair da sala ao mesmo tempo para nos abraçarmos rapidamente e correr pra sala mais uma vez, no intervalo é uma felicidade incomum aos humanos, unidos mais que nunca as gargalhadas por motivos bestas, por motivos que para os outros não seria nada engraçado e as vezes até sem motivo. Como é bom saber que temos alguém que vai rir das mesmas coisas que você, que vai chorar pelos mesmo motivos que você e que vai te aconselhar sempre, e claro, pode contar com você para aconselhar e ajudar também, mas ultimamente esses momentos de fraqueza, que precisam de conselhos, estão sendo bem raros. Resumindo bem, a minha viva tem sido assim: Acordo com mensagens de bom dia, converso a manhã toda, vamos para a aula, rimos a tarde toda, de noite é mais conversas incessantes e na hora de dormir os desejos de que o outro durma muito bem e a expectativa do outro dia. Combinar de fazer a mesma coisa ao mesmo tempo quando se está em casa. 

Não falamos mal das pessoas (Tentamos pelo menos), dançamos e cantamos como se não estivesse ninguém à nossa volta, imaginamos um mundo inteiramente nosso e estamos nele. A inveja não chega perto pela grande quantidade de bom humor e alegria que temos. Sem planos para daqui a meses e anos e sim planejamento para no máximo uma semana. Só tenho mesmo que agradecer a esta amizade, a mais verdadeira, a mais feliz, a mais engraçada e a mais divertida. Porquê não há tempo para chorar quando mesmo na hora de necessidade nós rimos, e rimos muito.