Sejamos preconceituosos

Preconceitos são formados a partir da realidade. Quando a gente diz que toda sogra é mala, é evidente que a gente sabe que algumas sogras não são malas (há controvérsias), mas a graça está justamente em generalizar.

Um mundo sem exageros e preconceitos seria um mundo dominado por professores de sociologia que só deixam os filhos ver Tv Cultura e brincar com Barbies negras.

Vamos, portanto, a partir de agora utilizar um método que gosto de chamar

“deixe seu preconceito correr livre”.

Gente que põe adesivo atrás do carro. “Eu faço Biodanza”. Biodanza?! Que porra é essa, mano? E o que eu tenho a ver com o teu Rebolation?
Ou o cara que viaja pra Punta e volta cheio de adesivo do Conrad. Cola logo um: “Sou otário e perco dinheiro em cassinos”.

Pessoas com o ''S'' sibilante. Sério. Uma fonoaudióloga não é tão caro assim. Se uma pessoa tem ''S'' sibilante, em 2010, não é involuntário. Tenho certeza que você curte fazer linguínha.

Jipeiro. Jipeiro é babaca. Paga 80 mil reais num brinquedinho de jogar na lama. Passa o fim de semana no mato. Normalmente não tem um dos dentes. É o tipo de cara que morre arrumando o chuveiro elétrico.

Clientes de loja que só dão uma olhadinha. Eu quero só olhar,mas só vou comprar mês que vem tá? Mas então vem dar a olhadinha no mês que vem.

Gente que reclama do uso de photoshop em revistas de mulher nua. O que esses caras querem, o fim dos sonhos?! Pra mim, quem reclama de photoshop não pode beber na balada. Porque, como dizem, o álcool é o photoshop da vida real.