quinta-feira, 26 de abril de 2012

Obrigado, Dylan

Essa semana eu vi Bob Dylan. Veio ver o pôr-do-sol do Guaíba, o laçador e seus amigos "fãs".
Estava Dylan bem humorado, feliz demonstrando prazer em ser quem é!

Ele não enfrentou a fila que cortou o centro da cidade em fevereiro para comprar ingresso, e também não estava nos 2 km de fila para entrar no show. 

Mas certamente quem enfrentou sem se arrepender essas duas filas para estar ali, estava no mesmo nível de animação que aquele senhor de chapéu dono da noite do dia 24 de abril.

Cada espectador, entusiasmava-se a cada velha-nova canção que tocava, a cada solo de gaita, a cada grito que partia da pista em coro: "Dylan Dylan!!"

A qualidade e a importância cultural eu já tinha conhecimento.
Me surpreendi com o nível dos "colegas" de público. Gente fina, elegante e sincera, educada, enfim; gente dylanesca, de alto nível social e cultural, por hora me senti europeu, bem o oposto do que temos em eventos no Brasil.
Todos os presentes tinham capacidade de alcançar a qualidade apresentada no palco do "Pepsi on Stage".

Não querendo desmerecer fãs de outros gêneros musicais, mas por alguns momentos, me peguei pensando em uma sociedade somente com fãs de Bob Dylan e artistas do mesmo nível. Não queria eliminar ninguém que não goste, e sim fazer com que todos gostassem. E se todos fossem como os que estavam lá, que foram ao evento e voltaram sem protagonizar brigas e apelações que é comum por aqui em locais lotados de humanos.
Se fossemos todos guiados por letras e músicas com conteúdo acrescentável.

Neste novo mundo, os cambistas e ambulantes, venderiam bebidas já servidas no copo sendo oferecidas em bandejas como em restaurantes, que foi o que vi antes de conhecer Bob Dylan pessoalmente, e quem assim como eu, também o conheceu, não se esquecerá jamais.

Um comentário:

Bóra Chicão!