Pense!

Mogo, era lascador de pedras, meio contra vontade, pois recebia pouco, do que julgava merecer. Anos e anos, Verões e Invernos lascando pedras, e reclamando sem parar de sua vida sofrida, e do desgaste que o tempo jogou sobre seus ombros.

Tanto reclamou que foi ouvido. Seu anjo protetor cansado de ouvir as queixas de Mogo, resolveu dar-lhe uma chance.

Elemiah, disse que tornaria Mogo, no que ele desejasse.

Mogo aceitando, escolheu: Lascando pedras sofro muito com o sol. Eu quero ser o sol.

Mogo iluminava todos, torrava alguns na praia, e tirava o sossego de outros que procuravam uma sombra, ele era o rei. Pensava ele que seria assim para sempre, pois não morreria, e era supremo a todos, todos precisavam de Mogo. Alguns meses depois encontrou uma nuvem, esta interrompia seus raios potentes, não deixando-os chegarem até as pessoas. Desejou então Mogo. Eu quero ser está nuvem.

Agora ele se sentia mais soberano ainda, pois voava tranquilamente para onde quisesse, além de seus raios, Mogo adorava torrar árvores e casas, quando não pessoas. Um dia qualquer depois de muito passear na forma de nuvem causando estragos pelo mundo, chegou, a sua cidade, resolveu se vingar de sua antiga vida medíocre, assustando a todos com seus raios, e destruindo tudo que havia na volta. Até se deparar com uma pedra. Depois de 3 raios a pedra nem se mexeu, e Mogo ordenou: Eu quero ser esta pedra! Ela é mais poderosa que eu!

Mogo agora dormia o dia inteiro, sempre tranquilo, tomando sol, ou refrescando-se com a sombra das nuvens, tudo para ele era bom. Até o dia que um lascador de pedras começou a dar-lhe fortes golpes. Mogo acordou de um de seus sonos profundos, transtornado, com o que estava acontecendo, golpes e mais golpes, ao se dar conta da situação, deu mais uma ordem a seu anjo Elemiah:

Eu ordeno ser este lascador, ele é mais poderoso que eu.
Elemiah o atendeu!

Moral? Não;
Acho que todos entenderam o recado!