quinta-feira, 31 de maio de 2012

Sobre coisas que não cabem na mala.


O Anna Karenina pra ler durante a viagem a gente arruma um cantinho onde colocar. Leva na mão, se for o caso. Com a saudade não tem jeito, ela ocupa espaço demais. O quarto e a sala. A tendência sempre é piorar aumentar. Se não tiver espaço na mala, a saudade vai dividida. Um pouco vai em cada página do livro, outro pouco vai no Death Cab como trilha sonora. Nas cidades que vão passando. No mapa. Às vezes o peso da saudade diminui, a cada quarto de hotel. Mas se for passar a noite sozinho, o resultado é mais peso pra levar pela manhã, acredite. Mas, ei, não é bem assim. Harrison me disse que todas coisas devem passar. O tempo não para nem quando estamos na estrada. Ele passa. E o destino chega. E eu só vim porque o amor também não coube na mala.

3 comentários:

Bóra Chicão!